Grupo dividido em um pântano sinistro. Será que tem algum problema!?

“Eu vim lhe ajudar, pois o mal que habita este local é ancestral e em meus sonhos eu vislumbrei sua face…doce e angelical, porém blasfema e poderosa como a lótus púrpura.”

Padre Jafar, mestre da feitiçaria dos sonhos e padre da Santa Igreja.

O dia seguinte

Após uma noite dispersos pelo pântano já era hora do grupo se reorganizar. Sir. Byron queria continuar com a viagem sem esperar ou procurar ninguém, na verdade estava decepcionado com o baixo moral de seus expedicionários e tinha agora uma demanda maior, exterminar todos os seres reptilianos que lhe fizeram incomodar Alaasthor, o demônio.

A adrenalina e a tensão fizeram os exploradores temerem por suas vidas de tal forma que sequer digeriram os eventos da última noite. Eles haviam se deparado com criaturas estranhas, meio humanas e meio animalescas, que pareciam crias de magia negra ou lembranças vivas de uma era ancestral perdida. Não havia muito tempo pra reflexão, muito menos para sir. Byron e o gigante Barraus, pois o que sucedeu através da bruxaria de Alaasthor foi terrível e assustador.

Frei Tanner e um soldado Karraus apareceram logo pela manhã, o que revitalizou a esperança por mais sobreviventes. Logo depois Tristan, o falcoeiro, apareceu com ferimentos no corpo e na mente, além de 10 lagartóides mortos na sua contagem. O frei cuidou dos feridos e logo o grupo voltou a caminhar, rumo ao norte, rumo à matança. Ainda com a mente a mil, por conta de tantas coisas esquisitas e perigosas que aconteceram desde que entraram neste pântano. 

Após outra noite mal dormida e o sumiço de dois camaradas, um alento foi trazido por um rosto familiar. Era o padre Jafar com seus dois asseclas. Ele teve um sonho misterioso onde lhe foi revelado que a magia no pântano seria maior do que Byron poderia enfrentar. Jafar não estava contente de estar ali, foram quatro dias procurando a expedição, mas sabia que seu pupilo precisaria de ajuda e que perde-lo agora seria um retrocesso de décadas para seu culto secreto.

Isso tudo aguçou a curiosidade do jovem cavaleiro ainda mais depois de ter observado um estranho fenômeno luminoso ao sul, durante a vigília da madrugada. Aquela aurora feérica aumentou seu impeto expedicionário e investigativo. Enquanto todos estavam tensos e atormentados pelos eventos ocorridos nos últimos dias, o cavaleiro parecia excitado para descobrir mais sobre os fenômenos sobrenaturais desta região. 

Outros habitantes do pântano

Com o animo redobrado pela chegada do seu conselheiro espiritual, Byron conduziu a exploração por mais um dia. Ao cair da tarde, a comitiva acabou encontrando uma misteriosa cabana de madeira podre. Ela estava suspensa por 4 toras que a protegiam das cheias e a isolavam dos perigos do lugar. Uma breve investigação provou que o local poderia ser um bom ponto de refúgio, caso as aranhas gigantes que haviam se instalado nela fossem destruídas.

Um combate perigoso se desenrolou, com Byron na porta da cabana e o resto da comitiva no solo atacando com flechas. Tristan acertou bons disparos enquanto Durotan investigava o outro lado da cabana, na esperança de pegar as aranhas pelas costas. Padre Jafar e frei Tanner podiam apenas rezar e esperar o melhor.

O combate poderia ter piorado se Durotan não tivesse visto que nos fundos da cabana estava a maior aranha de todas e com um ferrão pingando veneno. Somente o fogo derrotou os monstros e a última aranha saltou para as árvores do pântano e por lá ficou. Assim o grupo evitou maiores problemas e frei Tanner conseguiu material para produzir 2 fracos de antídoto contra venenos de aranha.

A viagem seguiu rumo ao norte. Na realidade nordeste, onde encontraram a entrada para uma misteriosa caverna encharcada sob uma colina livre da imundice do pântano.

Interlúdio inusitado

Enquanto o grupo marchava ao norte, nos arredores do forte estavam Salazar, o pirata negro e Zed, o jovem fugitivo da Confraria. Seu contato inicial não foi muito amigável. Foi Salazar quem encontrou Zed escondido dentro da tenda de Sir Byron quando definiam os termos da expedição.Também foi ele quem agrediu e ameaçou o jovem de morte, tendo sido ele o mais austero com Zed.  

Ironicamente o mundo dava mais uma de suas voltas e agora era Zed quem estava em condição de superioridade. Salazar estava ferido, tendo toda a sua expectativa de sobrevivência depositada nas mãos de Zed. O negro poderoso fora atingido, tinha ferimentos graves e ninguém próximo para o acudir. Exceto o jovem Zed.

Aparentemente sem rancor no coração, o jovem optou por cuidar das feridas do companheiro de viagem. Foi esperto da parte dele, pois andar sozinho neste pântano é suicídio. Assim se passaram cinco dias, nos quais Zed trocava as bandagens, limpava as feridas e alimentava Salazar com folhas e cogumelos.

Selvagens e mortais, os lagartóides do pântano.

O covil dos lagartóides

Na entrada da caverna estavam dois postes de madeira que ostentavam badulaques pagãos oriundos de bruxaria. Uma aura de sobrenatural pairava na entrada da caverna e Jafar sabia que o mal estava ali. Com a mesma percepção, mas não o mesmo fascínio, o frei Tanner ergueu os braços e fez uma oração a plenos pulmões.

Ele clamou por libertação e dois raios caíram dos céus, destruíram os postes e deixaram todos boquiabertos. Como ele fizera isso!? Sua religião fora dada como morta e ele um herege, mas seja como for, suas orações fizeram os céus se abrirem em seu favor. Todos ficaram atônitos com este prodígio! Era um milagre digno das lendas dos profetas que veneravam os antigos deuses. Jafar sabia o que estava vendo e Byron pressentia problemas no por vir.

Sem medo de maldições, o grupo se preparou para invadir a caverna. Gilbor fez uma dança ritualística que inspirou seus camaradas e os fez acreditar que a vitória seria certa, a tradicional Haka das tribos do oeste.

Enquanto desciam o túnel alagado ouviam sons sinistros, como cânticos e gemidos guturais. Não demorou muito para perceberem que desciam rumo a uma tribo de pagãos. No fim da descida encontraram uma grande câmara ritualística. Vários lagartóides estavam desesperados em correria. Parecia que os relâmpagos abalaram seu ritual, fazendo com que duas piras de óleo fervilhante virassem sobre o local, trazendo um horror blasfemo aos lagartóides .

Eram mais de trinta do povo lagarto. Uns dez pareciam guerreiros soberbos, mas os demais não eram menos inofensivos que a família liberta no forte. O rei no entanto era um lagartóides gordo, imenso, obeso por conta de sua luxuriante gula e balbuciante vida blasfema.

A chacina

Não houve dialogo! Os lagartóides corriam em desespero e a visão dos humanos lhes deixou certos de quem culpar por tudo isso. O combate foi rápido e brutal. O rei xamã não conseguiu se levantar do trono, tomou uma pedrada violenta e caiu sem vida. Os lagartóides robustos eram verdadeiros mestres da lança e rapidamente abateram um dos asseclas de Jafar e o gigantesco Durotan!

Fogo atingiu a mancha de óleo que boiava a partir das piras viradas e em meio às chamas, Byron correu como um alucinado para uma investida fracassada contra os 10 lagartóides . Mais uma vez a ruína se abateu sobre a comitiva. Muitos feridos, dois abatidos nas águas e um morto. A melhor estratégia foi a retirada.

Jafar teve que usar seus poderes arcanos, fazendo sua adaga voar sob o auspicio de elementais do ar. Tristan disparava suas flechas sem parar, Byron jazia no campo de batalha enquanto Durotan era carregado por Gilbor e os outros. A perseguição seguiu caverna acima e então a sorte virou a favor dos humanos!

Em um espaço mais curto, a habilidade de Tristan e Gilbor, assim como a sutil magia de Jafar fizeram a diferença. Além do fogo que parecia atrair os lagartóides para uma morte suicida. Surpreso ao ver que dois lagartóides feridos debandaram do combate para se atirar nas piras funerárias, Gilbor aproveitou o momento e correu ate Byron, para salva-lo.

Mapa da região conhecida pelos jogadores.

A chacina terminou e cobrou um preço alto pela ira selvagem dos lagartóides , mas no final haviam vencido! Os feridos foram tirados do local e um acampamento foi erguido na colina acima da caverna. Frein Tanner iniciou o tratamento de Byron e Durotan, enquanto Tristan explorava o covil dos lagartóides .

Tristan descobriu que o local possuia tesouros! Sim, havia uma câmara especial para o rei xamã, onde estava escondido um pequeno baú com milhares de moedas de ouro. Acima da porta, no umbral da entrada, havia um crânio de crocodilo imenso, com pedras precisoas no lugar dos olhos! Havia uma recompensa a final.

Nas câmaras laterais, Gilbor e Tristan encontraram os sobreviventes do povo lagarto. Estavam todos assustados e fracos de mais para lutar, mas os exploradores nada fizeram, mas depois de dois dias Byron acordou e junto de Karraus executaram a vingança. Ignorando os apelos do frei Tanner, os guerreiros desceram à caverna para chacinar os lagartóides .

Havia um preceito a se cumprir com um certo demonio patrono da casa Karraus, mas a traição dos lagartos resgatados fez a ira explodir no coração de Byron. Durotan os queria mortos também, pois nunca havia chegado tão perto da morte e de forma tão estúpida.

O profeta

Os dois retornaram ao acampamento de alma lavada. Todos os lagartóides morreram, com exceção de uma criança. Byron identificou nela um cordão com o brasão de uma casa nobre antiga e sabia que se tratava de uma criança humana amaldiçoada, pois seus pais mortos voltaram à forma humana após serem assassinados no subterrâneo.

Nada foi dito ao frei, apenas que ele teria o poder de salvar a criança ou condena-la. Tanner sentiu a verdade nas palavras do seu contratante e então orou ao Deus-que-anda e foi ouvido! Pela segunda vez no mesmo dia, um milagre aconteceu! As escamas do menino caíram e uma pele humana se tornou visível. Uma voz divina soprou nos ouvidos de Tanner que este jovem era um profeta e que deveria ser instruído por ele por toda sua infância.

 

Agora os expedicionários possuem um novo colega de viagens, o jovem Cleberson, um menino amaldiçoado, mas que era muito rico.

“Oh excelso e magnífico Deus-que-anda, conceda-nos o privilégio de contemplar seu poder em ação! Salve este pobre menino desta maldição e lhe restitua as feições de outrora.”

Frei Tanner, mestre cervejeiro e pregador da religião antiga.

É isso aí, espero que tenha curtido o post. Se quiser entender um pouco mais desta campanha confere os outros reportes aqui.

Em breve eu volto para contar sobre um novo membro da expedição e o revelar dos mistérios sobre este pântano maldito.

Até a próxima.


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