Continuação do reporte da campanha de TSC com uso de aventura OSR clássica!
Saudações a todos! Problemas de cadência e combate épico! É o que resume o meu uso, muito deturpado, da aventura pronta A Ilha das Escamas Malditas para a minha campanha ( A clássica aventura adaptada pra Old Dragon pode ser encontrada aqui ). Sinceramente: foi legal e ruim, não pretendo fazer esse tipo de uso novamente tão cedo… Esse relato cobre 5 sessões, ocorridas dias 19 e 26/02 e 05, 12 e 19/03.
Capítulo 6 – A Ilha das Escamas Malditas
Volto à questão do relato anterior: como inserir uma aventura pronta? Desta vez foi diferente, pois a aventura era maior e com mais elementos. Precisei polir, mudar e adaptar à minha história. Excluí muitas coisas, assim como modifiquei várias outras. O inicio foi morno, não consegui dar a expectativa de um lugar desconhecido como eu queria. Coloquei o grupo na situação de se estabelecerem num local inóspito após um incidente, o navio avariado, condições climáticas desfavoráveis etc. Pode ter sido problema meu ou apenas falta de imersão dos jogadores, mas foi um início “burocrático”: derrotar inimigos, salvar aliados, nada de mais…
Deixando as coisas claras
Depois da ambientação, inseri um primeiro objetivo mais palpável em relação ao motivo de estarem na ilha. Tive acertos e problemas nesse início: primeiro havia planejado alguns desafios e combates, um deles envolvendo uma travessia de um rio e batalha durante a travessia. Mas, no momento que chegaram ao rio, o Lucas resolveu dar outra solução, tentando pular com uma corda e ajudar os demais. Deixei a ideia dele rolar, improvisei e funcionou. Foi o melhor da sessão, em minha opinião. Outro ponto positivo foi um jogo “psicológico” com o personagem do Marcelo, que funcionou bem em termos interpretativos.
Depois, achando que estava parado e querendo mostrar os perigos do local, inseri alguns combates. Aí acredito ter errado, parecendo simples inserção e alongando o jogo. Foi um problema sério de cadência de jogo, hora de correr atrás do prejuízo.
Pensando algo diferente
Acabei a sessão deixando os personagens a porta de um combate iminente. O que poderia ser um problema, uma vez que os combates excessivos foram o erro anterior. Então planejei algo diferente para espera-los. Deu trabalho pra caramba, mas valeu o esforço e funcionou bem exatamente por ser online. Fiz os inimigos (dois) assumirem as formas de dois dos personagens. Então os jogadores que foram “clonados” (Lucas e Marcelo) me passavam as ações e rolagens em separado e eu narrava a ação deles, assim o restante do grupo não sabia quem era quem.
Foi bem divertido, tentei mimetizar (sem sucesso, mas divertido ainda assim) a maneira que o Marcelo e Lucas jogam para confundir os demais, mas logo alguns se deram conta e outros não, acontecendo alguns danos nos aliados… Já devem ter percebido que não uso esse Relato de Campanha para contar a história da mesa (apesar de acontecer um pouco), mas sim para comentar experiências como mestre. Percebi que existem momentos que me sinto motivada a me superar para atender expectativas, principalmente quando julgo ter errado em algo.
Isso é cansativo e nem sempre dará certo, mas tentar sair da caixinha vale a pena apesar de muito cansativo.
No decorrer das sessões, houve algumas coisas que precisei pensar. Primeiro: foco. A aventura pronta era grande demais e não tinha porque me estender tanto (eles mesmos começaram a cansar, lembrando que online é mais lento), assim tentei fazer com que os jogadores fossem ao objetivo de forma mais direta. Segundo: lidar com as sidequests propostas pelas ações dos jogadores. Um dos casos foi bem complexo, pois o personagem do Gabriel (Caedrim) foi fazer uma ação escondido e o Lucas (Anike) descobriu. O grupo o viu como “traíra” optou por deixar ele pra trás, abandonando o personagem na ilha. Dentre as sidequests, num primeiro momento o Marcelo, Lucas e Renato tiraram um bom proveito, permitindo inserção de elementos que eu iria retirar e ajudando o grupo e, depois, o Pedro, abrindo outra possibilidade do mesmo e fazendo roleplay espetacular!
Após quatro sessões na ilha, consegui finalizar com esforço. Foi tempo demais, sinceramente. Ainda assim, não foi ruim. Na quinta sessão que fecha este relato se apararam as resoluções das ações realizadas durante as outras: Allister (Marcelo) fez um pacto com uma poderosa entidade para salvar a vida da capitã por um alto preço e esconde dos demais; voltam à cidade inicial com a missão cumprida; são inseridos novos plots bem importantes com a entrada do personagem do Getúlio (Hael, vindo da tripulação de um navio aliado que foi emboscado e quase todos morreram) e lançamentos de alguns ganchos envolvendo Rentao (Qüeni), Pedro (Macário) e Lucas (Anike).
Diário de Bordo da Capitã
Como da outra vez, o diário de bordo não será da capitã Míriel Smaragd, mas do contramestre Hans Van der Linden (NPC), uma vez que a capitã está fora de ação.
01/07/2018 at 3:10 pm
Também passei a tomar muito cuidado com sessões que tendem a se estender muito. Já tive muitas!