Quando Jenga e RPG decidem se unir… o que poderia dar mais certo?

Fala galera!

Hoje eu e “O Devorador de Mentas”, decidimos falar sobre um jogo cuja mecânica genial e inovadora, ele mesmo me apresentou a alguns dias atrás. Eu estou falando de… Dread.

Torre de Jenga customizada para Dread

Jogos com mecânicas exóticas sempre me atraíram. Dust Devils e seu baralho de poker, Street Fighter RPG e suas cartas de manobras, mas recentemente o POI (apresentado a mim pelo Pep…) com desenhos como parte central da ficha de personagem… e foi por isso que quando ouvi o Eduardo falando sobre Dread e sua jogabilidade, eu me apaixonei instantaneamente.

Dread é um jogo publicado pela The Impossible Dream, ganhador do prêmio Ennie de Inovação em 2006. Ele também foi indicado aos prêmios de Melhor jogo e Melhores regras.

Diferente dos RPGs mais tradicionais, onde utilizamos dados para saber se obtivemos sucesso nos testes propostos, em Dread nós fazemos uso da famigerada torre de Jenga. Além de ser um jogo de terror, o que já nos faz presumir que haverá tensão ao longo da sessão, a torre definitivamente é quem garante o clima de suspense.

A mecânica

Para verificar se houve ou não sucesso naquilo que se pretende, o jogador deverá puxar um ou mais blocos da torre, afim de emular a dificuldade do evento. Se a torre é derrubada, o personagem do jogador que a fez entrar em colapso encontrará seu fim no jogo (o que não necessariamente significa a morte). Há também um questionário redigido pelo Anfitrião (como o mestre é chamado em Dread), que visa expor algumas das características mais importantes a cerca do personagem (Nome, Profissão, Ferramentas, Defeitos,…).

A torre de Jenga passa aos jogadores o desespero e o medo de seus personagens de uma forma que nenhum outro sistema conseguiu

Impressões pós-teste

Testei o jogo no final de semana passado, e fiquei bastante satisfeito com tudo o que foi surgindo para compor a história. É preciso ressaltar, que por vezes tentei empregar (com outros sistemas) o clima de terror/horror como vemos nos filmes, porém, sem sucesso em minha humilde opinião. Também não havia presenciado isso em qualquer outra mesa de que houvesse participado… mas dessa vez foi diferente. Posso afirmar ainda, que a torre indubitavelmente foi a chave. Saber que os personagens estão se encaminhando para uma situação cada vez mais complicada, e ter de usar o que for possível para tentar manter-se vivo dentro da aventura, evoca o tão desejado desespero oferecido por seus criadores.

Ei, psiu… Pode puxar mais uma peça, a torre não vai cair não!

Na aventura Não Morra!, os personagens estão em suas salas de aula, quando tiros começaram a ecoar pelos corredores da escola.
Eles não tinham nada além de suas mochilas, skates e tudo mais que pudessem encontrar ao mover-se sorrateiramente, enquanto tentavam não virar alvo do maniaco a solta.

O jogo incita a criatividade a todo momento, e isso é imprescindível para manter a história realmente viva.

Mapa da escola utilizada na aventura Não Morra!

Download

Enfim, eu poderia me estender por muito tempo em minha impressões a cerca de Dread, mas por enquanto prefiro deixá-los com o Guia de Referências Rápidas que eu e o Edu traduzimos e disponibilizamos para download. Sua versão em inglês pode ser encontrada aqui e foi liberada pela própria The Impossible Dream.
O Guia é uma breve descrição do jogo, que de forma alguma substitui as 100 páginas do livro básico, mas que ao menos já te permite sair jogando após sua breve e descontraída leitura. Referência-Rápida-Dread.pdf (758 downloads)

 

 


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