Confira as respostas para 30 perguntas que recebemos sobre CMB.

Fala galera! Obrigado pelo interesse no CMB e por acompanhar nossa coluna Forja. Se você não sabe nada sobre Companhias Mercenárias de Belmonte (CMB) da uma lida nos dois posts da Forja que eu te espero!

 

Repetindo o ocorrido com Bruxos e Bárbaros, dúvidas surgiram sobre CMB.

Foram 30 perguntas que recebidas nas redes sociais e eventos.

1 – CMB é um retro-clone de D&D com cenário?

Não! CMB não é clone de D&D apesar de usar o d20 como dado principal nos testes. Quanto a cenário, não teremos algo como um atlas descrevendo um mundo todo certinho, mas teremos algo mais pincelado com objetivo de fomentar sua criatividade. A ideia é ter uma HQ, ou trechos de contos no meio do livro, mas tudo vai depender da edição e numero de paginas.

2 – Posso ter uma espada +7 vorpal?

Não! Os itens mágicos funcionam de forma distinta, quase não temos armas mágicas genéricas. Você pode ter Excalibur A espada mágica, com toda sua história e tal, mas não apenas uma espada mágica qualquer e que nitidamente está ali só para aumentar o poder do personagem. O foco de CMB é na história e no mundo criado.

3 – Posso jogar de centauro?

Talvez! O jogo não possui raças jogáveis além de humanos, mas eu falo como você pode inserir raças no jogo. Fato é que, a menos que você defina o contrario, em CMB as outras raças são xenófobas e perigosas. Então para você jogar de Elfo, a sua companhia teria que travar contato com elfos no jogo e desenvolver uma boa relação até que elfos aceitem ser recrutados pela Cia. Tipo, desbloquear um recurso novo saca!?

4 – Tem regra pra cavar buraco igual gurps?

Não, mas eu tentei fechar um core de regras simples e abrangente, para que praticamente tudo possa se resolver com um teste de atributo ou teste de sorte.

5 – Tem diferença entre magia Arcana e Divina?

Não. Existe uma única lista de magias para todos os conjuradores, mas o que os difere são 4 pontos: Quantas magias dominam, como dominam novas, como recuperam seus poderes e como absorvem as catástrofes. Além disso, temos o conceito de objetos de poder, componentes consumíveis e conjurar a partir da leitura de um grimório.

6 – E as batalhas de exércitos? Como funcionam?

Sim, teremos combate em massa, mas não teremos regras táticas como board games. Os PJ são a elite da companhia, mas não a elite composta de generais estrategistas, mas a tropa de elite mesmo, os faca na caveira! Sendo assim, a guerra acontece em plano de fundo enquanto o grupo desempenha papeis fundamentais para a vitoria da batalha. Leia esse post aqui que fica mais claro.

7 – Armas e armadura tem Alguma mecânica diferente?

Armaduras absorvem parte dos danos e as armas aumentam o dano (que é baseado no atributo Combate). Além disso, você pode lutar com 2 armas sem penalidade alguma. Vale falar que existem metais fantásticos (destaque para o Aerolythus) que dão características distintas para os armamentos, mas nada mágico.

8 – E manobras de combate como parede de escudos?

Tudo isso fica no âmbito narrativo. Se existe um jogador com níveis de Soldado, talvez ele consiga tirar vantagem de participar de algo assim, mas o sistema não entra nessas minucias táticas e estratégicas. Lembrando, o foco é em missões que poucos poderiam desempenhar durante uma batalha e não na linha de frente da batalha em si. Se procura um jogo focado no combate em massa talvez CMB não seja para você…. talvez seja melhor jogar war game.

9 – Como será o sistema de magia? Magia vanciana?

Magia sem nível ou círculo. Você apenas escolhe a Magnitude do efeito e aceita as penalidades impostas. Basicamente você testa o seu atributo mental para conjurar a magia e se funcionar você rola o seu dado de mana (dado de uso) para ver se suas energias acabaram ou não. Você pode aumentar a Magnitude do efeito mágico sob riscos maiores de obter uma catástrofe arcana.

10 – Não tem classe, mas tem funções ou hierarquia militar?

Sim, o jogo tem 2 aspectos com funções e recompensas distintas: Dentro da história os PJ podem ser oficiais e no mundo real isso tem uma consequência. Eu inseri um sistema de Pontos de Legado, onde os jogadores são recompensados por ajudarem ao mestre na condução do jogo (PJ recebem XP e os jogadores legado). Cada jogador pode assumir um papel de oficial no batalhão (que se reflete nessa ajuda ao Mestre) e ganhar pontos de legado para trocar por XP ou melhoramentos para um futuro personagem, já que o atual certamente morrerá! Ah! Você pode dar pontos de legado para quem chegar no horário, trouxer um lanche, lavar a louça e qualquer outra coisa legal que você queira que se torne um hábito da galera.





11 – Temos feats (ou talentos)?

Sim, mas não pense em combos e árvores de talentos. Aqui os talentos são rolados no dado e você só tem um! Talvez, com sorte e dedicação você consiga outros, treinando ou agraciado de outra forma, mas é bem difícil. Lembrando que num jogo sem classe é difícil fugir de algo como talentos ou vantagens.

 

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Combates rápidos e letais… pois eu detesto luta arrastada! (artista: Paul Taaks)

12 – Como é a letalidade das armas?

Eu não queria um combate arrastado e por se tratar de tropas de gente normal, eu queria sangue! Então TODO ATAQUE CAUSA DANO! Sim, seja no alvo ou no atacante, mas alguém vai sangrar! Os personagens tem pontos de vida que variam entre 10 a 20 e os monstros tem de 1 a 10d10 de vida. Então os combates são rápidos e letais.

13 – Como é a gestão de equipamentos?

A companhia lhe fornece uma mochila cheia de itens, conforme a sua solicitação. Então você não precisa ficar anotando itens, mas usa um sistema baseado em dados de carga. Basicamente você escolhe o quão carregada estará sua mochila e quando precisa de um item mundano comum, apenas saca da mochila e rola um dado para ver se ainda tem outros itens na mochila. Isso acabou com 2 problemas: Lentidão na gestão de inventário e na compra do equipamento. Mas relaxa, pois você ainda pode comprar seus próprios itens caso não queira depender da companhia, mas não precisa.

14 – Que tipo de conjuradores existem?

A principio temos o mago tradicional que lê livros, estuda com mestres e escreve pergaminhos. Mas nos testes eu já tenho usado outros conjuradores como necromantes, profetas, ilusionistas e bruxos com pactos com entidades. Tudo tem funcionado bem, mas vamos ver se vai caber no livro…. talvez num suplemento/pdf desbloqueado no Financiamento coletivo!? Não sei ainda.

15 – Que elementos de Fantasia sombria existem?

Regra de insanidade e perturbações que podem tirar seu personagem de jogo. Regras para recuperar-se dos traumas da vida através de terapia, vícios e válvulas de escape. Temos monstros oriundos do abismo que matam ou amputam com ataques certeiros. A mágica causa catástrofes e exige um custo alto de seus adeptos, sempre agindo como uma força maligna e corruptora. Os Itens mágicos são malignos e cobram caro por seus poderes.  Existem possessões, cultos macabros, atividades sobrenaturais inexplicáveis, maldições, fetiches sinistros e um sentimento de urgência pela falta de rodadas e pelo consumo progressivo da sorte.

16 – Existe ressurreição?

Sim, mas provavelmente você terá que dar uma vida por outra, ou sacrificar a virgindade do conjurador ou correrá o risco de outra alma/espírito despertar no corpo revivido. No geral, a magia sempre cobra um preço, seja com dificuldade na rolagem ou com elementos requisitados para sua realização. Não falo de componentes mágicos, mas de situações mesmo. Você só conjura uma sombra da noite, bem, à noite rs.

17 – Usa miniaturas?

Não, o jogo não possui um sistema de métrica para grids de batalha nem nada do tipo. Se quiser use uma folha de papel para dar uma ideia geral da coisa, mas por padrão eu queria o combate caótico e ligeiro e isso seria sacrificado caso usasse miniaturas e movimento tático. Não quero ninguém pensando muito! Adrenalina e história andando pra frente!

19 – Itens mágicos possuem vontade própria e podem dominar jogadores?

Sim! Existe toda uma raça de espadas e armaduras que são manifestações materiais de entidades sobrenaturais ou até prisão para espíritos caóticos e irracionais. Alguns possuem vontade e outros apenas induzem pensamentos e vontades no seu portador. Se não existe almoço grátis, o que dizer de itens mágicos?

20 – A cura é heroica ou realista?

Os pontos de vida são recuperados com base no atributo Vigor. Basicamente você recupera isso por noite de sono bem dormida ou o dobro caso esteja numa taverna confortável ou sob os cuidados de um médico e bom cozinheiro. Tá bom! Cair na farra a noite toda na taverna também ajuda a recuperar a vitalidade do personagem!

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Prefiro usar um board game do que criar regras de combate em massa táticas. (Jogo: Battle Lore)

21 – Dano é separado por tipo? Ou é descrito de forma mais simplificada?

Existem os danos físicos, mágicos e elementais (que podem ser mágicos ou não). Mas no final, tudo é dano, reduz pontos de vida e mata. Não tem muito esse lance de dano radiante, sombrio, elemental, caótico, sagrado, natural, etc etc etc….

22 – Vai estar no financiamento a aventura Caos em Belmont?

Olha, eu tenho um exemplar lacrado ainda, talvez possa colocar para rolo, mas se você fala sobre adaptar a aventura para o sistema novo, não sei. Daria um trabalho extra, mas talvez para uma meta extra, quem sabe?

23 – A companhia pode ser usada em outros sistemas?

Sim! Como eu disse no post anterior, isso é uma premissa do jogo. Eu quero que você consiga portar facilmente para outros jogos o sistema de companhias, sua ficha, características, ações de caserna e benefícios. Claro que pode dar mais trabalho para alguns jogos, mas o sistema está ficando bem modular, ao ponto inclusive de você poder retirar as companhias se quiser e assim jogar com aventureiros tradicionais (Arg! Essa escória! rs)

24 – Vai ter personagem pronto para começar já a jogar?

Eu estou fazendo algo que nunca fiz em mesas de evento…. estou criando os personagens na hora! Pois é, role uns 5d100, 1d10 e outro dado de vida e pronto! Personagem prontinho para jogar. Estou inclusive criando a companhia com os jogadores também. Em 20 minutos você cria uns 5 personagens e a companhia.





25 – Tem streaming da CMB?

Não. Eu estou na fase dos testes presenciais, pois quero colher reações e impressões na hora H, mas streaming teria mais um foco de Marketing. Algo que não descarto e confesso que na GDM estamos flertando com essa ideia. O que vocês acham?

26 – O texto do jogo tá pronto?

Estou na sexta bateria de testes, com quase 50 jogadores na brincadeira. Eu diria que estou na reta final. Meu prazo para encerrar o core de regras do sistema é até o carnaval, então o jogo tá quase pronto, mas depois disso terei que rechear o texto com exemplos, uma prosa mais amigável e uma boa revisão.

27 – É Belmont ou Belmonte, com E no final?

Olha, originalmente era sem o E no final, mas por motivos de regionalização e valorização da nossa cultura eu optei por colocar todos os nomes mais amigáveis para brasileiros. Belmonte é uma cidade diferente, composta por gente de todos os lugares, credos e cores. Um povo que lembra o nosso e por isso preferi seguir nessa linha. Como se passaram mais de 300 anos desde o Caos em Belmont, muita coisa mudou na região e o nome da cidade foi uma delas. Os nobres “europeus” deram lugar a mascates latinos, árabes, negros e até indígenas.

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Ahhhh! Eu lembro desse Aventuras Fantásticas ai… Dungeoneer e tal…é do meu tempo  (artista: Paul Taaks)

28 -quais os jogos mais contribuíram para CMB?

Sem sombra de dúvidas que The Black Hack, Barbarians of Lemuria e Aventuras Fantásticas são as maiores referencias. Espadas Afiadas purinho, Blood & Honor e Chamado de Cthulhu também me inspiraram bastante. Além disso, não tem como esquecer dos sucessos parciais de Apocalipse Engine, mas a mesa de testes do Felipe Gomes joga sem isso, usando o padrão binário de D&D.

29 – Vamos ter tabelas aleatórias? Se sim, o que dá pra esperar?

Olha, eu tenho várias no meu manuscrito. Agora é ver o que vai entrar no livro depois da edição. Eu tenho tabelas de Hexcrawl, perturbações psicologicas, choques traumáticos, eventos de pós-morte, acertos críticos, catástrofes arcanas, nodos mágicos, encontros aleatórios, aspectos e características de poções mágicas e muitas outras tranqueiras…. mas repito, nem tudo cabe no livro, talves num PDF extra ou suplemento, mas a ideia é ter um livro basico com 100 paginas, 150 estourando no máááááááximo, mas a ideia são 100 páginas mesmo.

30 – Como serão as artes?

Fodas!!!! Brincadeiras a parte…. Para o projeto gráfico eu busquei algo que fizesse referência aos quadrinhos de Conan. Tanto na capa como no seu interior, mas para algumas artes capitulares eu busquei algo um pouco mais descontraído para representar o tema do capítulo. O miolo é todo em preto e branco, mas a capa é colorida. Atualmente temos 3 artistas fodas no projeto e eu nas horas vagas (rsrs). Vocês pode conhecer meu traço no guia de armadilhas de Old Dragon e no suplemento Místicos para Old Dragon. Isso sem falar das artes que fiz para Bruxos e Bárbaros, mas que não chegaram a ser usadas. Os outros artistas vocês conhecerão em breve, no post com imagens reais do jogo!

31 – Pergunta bônus: Quando sai pra galera comprar?

Olha, a ideia era até o meio do ano, mas não vou sacramentar isso ainda. Se tudo der certo sai ate junho ou julho. Estou ainda fechando o texto e os artistas estão ilustrando. Depois vem a edição e diagramação…. enfim, não tenho uma data definida.

Bom é isso ai pessoal! Espero que tenha dado para tirar algumas dúvidas de vocês. Em um próximo post eu trago mais conteúdos e quem sabe algumas artes. Abraço a todos os mercenários de Belmonte!

PEP

 

 


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