Saibam mais sobre Vikings e o futuro da linha SdG 

Senhores da Guerra: Vikings, novo suplemento para Old Dragon da Redbox, será lançado ainda neste mês de fevereiro de 2019. Seguindo a linha historicista do primeiro livro – Senhores da Guerra, do Rodolfo Maximiano -, este trata especificamente da temática da Era Viking, muito querida dentre os jogos de fantasia.

Para comentar sobre o que está por vir, entrevistei os autores do livro Aquiles Fraga e Franz Andrade e o diretor de arte e ilustrador Dan Ramos! Skaal!

Entrevista

Guilda dos Mestres: Primeiro, quero parabenizar pela obra prestes a ser lançada, só pela introdução e o primeiro capítulo que foram disponibilizados aos compradores da pré-venda dá pra perceber que o trabalho tá sensacional!

Aquiles: Blz. Muito obrigado.

Franz: Rsrs. Deu trabalho a introdução. Tive que escrever num celular. Muito obrigada!

Dan: Obrigado!

Guilda dos Mestres: Aquiles, qual é a tua relação com o RPG e a motivação para trabalhar com a temática Vikings?

Aquiles: Bom, comecei a jogar RPG em 1998-99, no AD&D. Ficamos muito tempo no AD&D e resistimos a chegada do 3ed. Mas em 2006-07 começamos na 3ed. Jogamos muito tempo neste sistema. Pouco a pouco eu e um amigo fomos nos decepcionando pela quantidade de possibilidades de “apelações” e artimanhas de mil e um suplementos contraditórios… Enfim, aquele jeito old school de jogar RPG foi se perdendo. Decidimos dar uma passada pela 4ed, no início até achamos que melhorou em alguns aspectos, contornou um problema, mas criou outros diversos como a necessidade de tabuleiros e miniaturas (…) e a falta de interpretação da 4ed também deixou a desejar. Achamos que tínhamos que voltar ao AD&D, e foi isso que fizemos…

No entanto, descobrimos o Old Dragon. (…) Foi só alegria daí pra frente. Achamos aquilo que procurávamos.

E eu comecei a adaptar o Ravenloft, que era nosso cenário favorito, para o OD.(…) Nós também jogávamos Midgard, da Conclave, que foi um RPG de 3ed baseado na cultura nórdica. (…) Daí em 2013, saiu a série Vikings. Percebemos que podíamos jogar de um ponto de vista mais histórico. Eu comecei a criar um cenário viking para consumo próprio do grupo, historicamente mais adequado no dia seguinte da estreia do seriado. Então conheci a Franz através do Ravenloft, pelo Face e comecei a dividir com ela meu trabalho sobre vikings e (…) e escrevemos juntos o livro. (…) isso antes da RBX anunciar o Senhores da Guerra… (…) o Vikings já estava sendo escrito.

Guilda dos Mestres: Franz, informalmente, comentaste comigo que a maior parte do projeto foi do Aquiles, mesmo sabendo da parceria de Vocês. Poderias falar um pouco da tua participação no projeto? Imagino que não seja pouco, afinal és coautora do livro!

Franz: Quando conheci o Aquiles ele já tinha o projeto do Vikings, mas estava engavetado há anos. Quando vi que era historicamente apurado, mas ainda muito bruto em algumas partes, meio que fui me intrometendo no projeto e reanimando o Aquiles para voltar a trabalhar nele. Fui um misto de coautora, criando classes e rescrevendo algumas ideias, fui um tipo de editora cri cri, cortando revidando, e fui leitora crítica. Eu e o Aquiles passávamos a madrugada conversando, tendo ideias, e depois ele escrevia ou reescrevia alguma coisa que havíamos concordo que deveria mudar. Na época eu estava escrevendo a Relíquia do Vale do Trovão, e como na verdade o Aquiles já tinha boa parte do livro mesmo, a escrita do Vikings acabou ficando mais com ele.

Guilda dos Mestres: Aquiles, Vi que és professor de história, na época dessa criação já eras estudante ou professor? A própria Redbox sugere que Senhores da Guerra é uma linha de temática, sendo este “o primeiro livro de uma série dedicada a trazer regras e dicas para campanhas inspiradas ou ambientadas em períodos e realidades históricas. A ideia veio dos historical reference sourcebooks ou “livros verdes” de AD&D, mas com texto e pesquisa originais (como as aventuras clássicas, ou CL).” Também comentaste que o Senhores da Guerra saiu depois de começares o trabalho, então como a editora entrou no processo e quais são as relações com o título Senhores da Guerra?

Aquiles: Eu comecei a faculdade de história em 2003, me formei em 2006. Em 2007 fiz pós em história contemporânea. No entanto, o RPG me puxava e me fazia apaixonar pela história antiga e pelo início do período medieval(…). Eu tinha muita fascinação por esse período histórico e pelos vikings, pela cultura russa também, pela antiguidade clássica (Grécia e Roma) etc. Daí eu sempre continuei estudando isso independentemente da minha especialização. Eu conhecia os livros verdes do AD&D, inclusive estes livros influenciaram o Senhores da Guerra: Vikings. Mas eu virei fã da RBX pelo Old Dragon, e queria muito trabalhar com eles de alguma forma. Fiz muita coisa de Ravenloft e montei tudo no padrão da RBX e do OD, mas nada comercial, disponibilizei tudo na web. Acho que isso, de alguma forma me deu uma certa visibilidade.

A Franz ajudou muito nisso, pq ela sempre trabalhou comigo e me deu os atalhos de como eu podia publicar alguma coisa. O Vikings tem MUITA pesquisa, todos os sistemas que adaptaram algo de vikings nós consultamos para escrever esse. Todos, não passou nada…além da pesquisa com fontes históricas, livros históricos mesmo, não livros de RPG. Tudo isso a gente mergulhou dentro.

Quando estava trabalhando cheguei numa encruzilhada: como adaptar e criar um sistema de combate entre paredes de escudo para Old Dragon? Pesquisamos muito, livros antigos, pré-D&D, como o Chainmail, entre outros a gente teve acesso… mas não saímos muito do lugar…Daí a RBX anunciou o Senhores da Guerra e mencionaram que haveria regras para combate de paredes de escudos. Neste momento estávamos lendo Savage Worlds para tentar buscar referências para parede de escudo em Vikings. Mas como a RBX havia anunciado o SdG, guardamos o projeto e esperamos…

Saiu o Senhores da Guerra e percebemos que o sistema que eles construíram era bem parecido com o que estávamos imaginando para Vikings. Bom, vamos adotar ele. Resolveu nosso problema e voltamos a trabalhar.  Quando estava “pronto”, fizemos um projeto e mandamos para a RBX. Eles gostaram, e parece que vai sair do forno em 20 de fevereiro deste ano.

Neste período eu ainda não trabalhava como professor estadual, comecei a trabalhar em 2017 como concursado. Amo essa profissão. Adoro lidar com os alunos, especialmente as crianças.

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Guilda dos Mestres: Assim como comentaste na resposta anterior, percebi que na introdução apresentas as referências bibliográficas, assim como no capítulo 1 há uma breve apresentação histórica da chamada Era Viking. Poderias falar um pouco de como foi adaptar a historicidade para o jogo, s questões mecânicas e narrativas? Esse é o foco do jogo?

Aquiles: Sim. Pensamos que tinha que ser o mais historicamente acurado possível, buscamos muito material de referência. As adaptações ficaram mais fáceis de fazer, até porque existe muito material rpgístico sobre vikings, daí foi só adaptar mecânicas e testar. Temos uma grande tabela de antecedentes de personagens para Vikings, tipo 1d100 possibilidades, algumas especializações e construções de classe alternativas, além de combate naval (que buscamos seguir o padrão de Thordezilhas, que ficou muito genial, o livro como um todo é sensacional), combate de cerco etc.

O livro é todo recortado com história de personagens vikings reais, e tem uma ambientação completa para jogar no mundo viking. Temos descrição dos locais, da religião, dos costumes. Ou seja, é um cenário de campanha dentro da lógica proposta por Senhores da Guerra. É interessante falar em Thordezilhas aqui um pouquinho. Quando estava sendo anunciado o Thordezilhas, estávamos trabalhando no combate naval para vikings. Outra coincidência. Esperamos o Thordezilhas para termos um padrão da RBX, de Old Dragon, para criar nossa regra de combate naval para vikings.

Guilda dos Mestres: Ficou bem claro o caráter historicista do suplemento, ele comentou das referências bibliográficas e cuidados que teve para adaptar a Era Viking para Old Dragon. E nas ilustrações? Quais foram as referências utilizadas e como se deu o teu processo de pesquisa para retratar graficamente o período para RPG com caráter histórico?

Dan: Bem, as referências históricas vêm de antigas tapeçarias e pinturas clássicas das Sagas, além de recriação de feiras e grupos modernos que já possuem esse trabalho de representar fielmente o período. Peguei um pouco das referências passadas pelos próprios autores, e confesso que um cadinho de inspirações da cultura pop, como séries de TV e filmes.

Sempre mantendo a diretriz que sigo desde o começo no Old Dragon: histórico e clássico, mas um pouco cool.

Guilda dos Mestres: Franz, Já sabemos que tua narrativa é magnífica! Imagino que a parte dos contos tenha ficado sob tua responsabilidade! Quais foram os cuidados diferenciais para tratar da temática Viking num suplemento de RPG?

Franz: É um cenário bem diferente do que estou acostumada. Tanto que até meu estilo meio que tive que mudar para se adequar a um formato mais puxado de crônicas que de conto. Até o conto de introdução tá diferente do meu estilo. Mas eu curti muito ele rs.
Tive que ler sobre a cultura viking e escandinava com mais profundidade. Já curtia muito o tema, saca? E até narrei uma campanha viking no velho AD&D. Mas escrever conto? É outro nível. Tive que ler muito para ser o mais fiel possível.

Guilda dos Mestres:Chegaste a buscar embasamento teórico, dado o caráter da linha Senhores da Guerra?

Franz: Com certeza. O conto de introdução, apesar de ter um exagero na morte do inglês, ele é bem pé no chão. Ah, também li muito Bernard Cornwell, hehehe, que é literatura histórica. Só que exagerada, como um rpg tem que ser um pouco.

Guilda dos Mestres: Dan, Já sabemos que Senhores da Guerra será uma linha temática da RBX. No primeiro livro, fizeste as ilustrações juntamente com o Rafael Ramos e és diretor de arte dos dois projetos. Poderias falar um pouco sobre isso? Como seguirá a identidade visual, de projeto gráfico e nas ilustrações entre os livros? Quais seriam as similaridades e diferenças?

Dan: Sobre o Senhores da Guerra, na verdade toda a arte ficaria a cargo do Rafael, e eu seria só diretor de arte. Mas no meio do projeto, ele teve problemas de agenda e eu mesmo peguei algumas peças.No Vikings, eu de cara já sabia que ilustraria tudo, porque venho participando de um projeto grande na mesma linha, dirigi o Senhores da Guerra e sou um grande fã e estudioso do tema. Ou seja, meio que tenho “respirado” a Escandinávia antiga já tem um tempo.Fazer a direção de arte E as ilustrações é uma faca de dois gumes. Por um lado sobrecarrega (especialmente porque nesse também faço cartografia) e como eu costumo trabalhar em dupla com os profissionais que contrato, aceitando e discutindo ideias e dando espaço para as deles, sinto um pouco de falta dessas visões divergentes que sempre melhoram projetos. Por outro, já tenho tudo meio esquematizado na cabeça e discuto diretamente com os autores e editor sobre cada peça.

Guilda dos Mestres: Falando das representações, poderias comentar um pouco quais são as principais incoerências que encontramos no imaginário fantástico relacionado à Era Viking em relação ao histórico? Quais foram os cuidados necessários?

Dan: De cara, representação feminina. Histórias de vikings sempre foram de predominância masculina, e embora tenhamos figuras femininas (shieldmaidens, anjos da morte, esposas, feiticeiras, nobres, etc), o protagonismo costuma ser de homens. São histórias de guerreiros e escaldos. Não vou discutir aqui os méritos disso, mas onde eu tive oportunidade de melhorar as coisas, melhorei — inclusive na capa, que não previa uma mulher (por simples desatenção), mas os autores foram muito abertos em aceitar a alteração. Fora isso, os cuidados de sempre, evitando certas representações visuais de temas delicados que possam suscitar gatilhos. Uma coisa é você ler sobre coisas que existiram de verdade na História, mas imagens são muito mais impactantes. Mas aviso logo: a águia sangrenta (uma punição/ritual máxima) aparece, e é terrível.

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Guilda dos Mestres:Falando em representação feminina, Franz, dado o teu lugar, como mulher, escritora, jogadora, poderias falar um pouco da representação do papel feminino no jogo?

Franz: Como o cenário é sobre Vikings e sua cultura “barbara”, nós tivemos pouquíssimo trabalho para tornar o suplemento inclusivo. A mulher, no mundo Viking, teve uma vivência bem diferente do europeu medieval comum.

Ela tinha direitos (tem até hoje). Podiam ter posses, decidir com quem se casar, pedir divórcio, ter bens e voz na comunidade. E o melhor, historicamente também eram guerreiras ferozes e respeitadas.

O Aquiles é uma pessoa muito antenada com as representatividades, principalmente a feminina. Então ele ficava constantemente me pedindo para ler e revisar algum texto que parecesse sexista ou desrespeitoso. Foi super confortável trabalhar nesse projeto
Eu, enquanto mulher trans, ficava pensando no desafio que é escrever RPG para um público majoritariamente masculino, e ao mesmo tempo tentar me manter nele. Não só me manter, como também ajudar outras mulheres a permanecerem ou entrar nele. Acho que o vikings não vai decepcionar no quesito representatividade. Só não espere uma revolução, infelizmente, mas espere algo a nível Redbox.

Queria muito que houvesse outras pessoas trans no mercado de RPG. Tudo indica que esse é o primeiro suplemento sobre Vikings escrito com a participação de uma mulher trans.

Por sinal, um dado atrasado sobre a Relíquia do Vale do Trovão; ele foi a primeira aventura escrita, revisada, ilustrada, diagramada, só por mulheres. O primeiro suplemento com uma mulher trans na equipe. O primeiro com cores e sexualidades diversas No mundo.

Guilda dos Mestres:Dá pra ver que vocês tiveram diversos cuidados, dá pra esperar coisa muito boa! E uma questão que tem sido levantada…E a fantasia? No realease a RBX tb comenta: “Temos novas especializações, regras para runas, novos equipamentos e itens mágicos e outras regras para enriquecer o seu jogo.” Como foi utilizada a ideia da magia, itens etc, elementos tão icônicos dos RPGs de fantasia dentro da ambientação historicista?

Aquiles: Boa. Tentamos não bitolar os jogadores que gostam de fantasia. Mas, assim como em Senhores da Guerra, o foco tenta ser mais histórico, então a magia não é muito menos difundida. É um cenário de baixa fantasia, low fantasy.

Mas temos a magia que vêm da runas que é muito menos destrutiva que a magia tradicional dos cenários de RPG. Porém, muito mais complexa e “plausível”.

É um tipo de magia cujos efeitos são mais acessórios, mais utilitários. Ajudam no combate, etc, e podem ajudar na interpretação. Acredito que a galera vai curtir muito a forma como funciona a magia em Vikings. E também podemos usar as criaturas fantásticas da mitologia nórdica, temos uma lista junto com as divindades, com algumas criaturas mais comuns que os vikings acreditavam que existiam. Trolls, gigantes do gelo, lobos gigantes, serpentes marinhas, elfos, coisas do gênero. E teremos uma classe especializada na conjuração das runas também…

A magia é superstição. Usamos a magia como se fosse algo que eles não conseguiam explicar de forma material, concedida pelo poder das runas que foram entregues a humanidade por Odin. Entender e saber decifrar o poder contido em cada uma das 24 runas é uma tarefa dos estudiosos místicos das runas que sabem explorar os efeitos mágicos gerados quando uma runa é esculpida, mas tem que esculpir de forma correta, seguindo um ritual, leva tempo. Não é fazer um kamekamerrá que vai liberar a magia das runas de forma instantânea. Inclusive, algumas vezes, o próprio conjurador não saberá se esculpiu a runa de forma correta, e pode ser que sofra algum efeito indesejável por esculpir errado… coisas da vida.

Guilda dos Mestres: Por fim, sabemos que o público está motivado! O que podemos esperar do conteúdo? Diferenciais, novidades? Foi divertido trabalhar no projeto?

Aquiles: Bom. Temos muita coisa legal em Senhores da Guerra: Vikings. Foi um trabalho de muitos anos. Para ter uma ideia, tínhamos um livro com mais de 180 páginas. Agora reduzimos para ser publicável, em torno de 100 páginas. Então temos muito material que pode aparecer de outras formas também. Além disso temos mapas, uma regra para escambo, troca de mercadorias por outras. Porque os Vikings eram grandes comerciantes, encontraram-se moedas do império árabe, de Bagdad, em túmulos vikings na Dinamarca e Noruega.

Então temos que pensar em como o comércio pode ser útil em um RPG, não apenas comprar itens do ferreiro da cidade, mas levar e buscar mercadorias exóticas, armas, trocar (pois os vikings não tinham uma moeda própria, adotaram tardiamente a moeda) e a troca era a base do comércio. Também será possível explorar conflitos religiosos, etnicos, choques culturais, coisas que presenciamos no nosso dia-a-dia, no mundo moderno, abrimos espaço para que os jogadores possam viver isso em um RPG histórico. O respeito a culturas, religiões, etnias diferentes (hoje vemos a questão migratória como uma crise global). Também temos que demonstrar como a mulher tinha um papel ativo e importante na cultura nórdica, sendo muito mais liberada, diferentemente das outras culturas ocidentais da época, onde a mulher era submetida ao marido. Então são elementos que podem ser explorados de maneira profunda.

Outra coisa interessante que a gente trouxe de Ravenloft é a possibilidade de uma leitura da sorte, que era feita pelos ciganos (Vistani) usando o baralho Tarokka. Em Senhores da Guerra: Vikings, são feitas através do jogo das runas…(…) Temos ainda uma seção do Mestre com ganchos para diversos temas em aventuras vikings. (…)pra quem gosta de história é um prato cheio! Pra quem não gosta apenas de desembainhar as armas e combater, tem muita coisa que pode ser explorada.

Lembrando que o Senhores da Guerra é imprescindível para jogar Senhores da Guerra: Vikings. Pois os dois livros se complementam, as regras de Paredes de Escudos estão em Senhores da Guerra, vikings tem outras regras que não estão em Senhores da Guerra, mas não repete aquilo que já foi publicado em Senhores da Guerra.

Essa linha da RBX é pra grupos que buscam o RPG para além da diversão, mas como ferramenta de aprendizado também. É possível ensinar e se divertir com essa linha, pois ela é historicamente muito aprofundada. Ela quebra clichês, pois as coisas podem ser resolvidas não só na força bruta, podem ser resolvidas com lotes de terras, casamentos, traições, conspirações, conversões religiosas, processos judiciais, duelos… etc. Então é pra quem busca uma campanha com embasamento histórico real, pra quem assiste a série vikings, e gosta dela, vai adorar Senhores da Guerra: Vikings, vai reconhecer os personagens, vai entender suas motivações. É pra quem busca personagens com profundidade além daquilo que estamos habituados nos RPGs comuns. Personagens com complexidade, com personalidades contraditórias, etc. É uma imersão diferente. Temos uma cronologia da Era Viking que ajuda na escolha de um momento histórico para situar uma aventura. Estamos muito orgulhosos deste livrinho. Acho que vai ser muito bem aceito pela galera do Old Dragon.

Franz: Sim, meu segundo (na Redbox) em menos de um ano! Super me achando aqui kkkkkkk brincadeira rs. Então, a experiência é sempre gratificante. A RBX é uma editora que respeita o talento do indivíduo independente da origem, cor, orientação sexual, ou identidade de gênero da pessoa. É a qualidade pela qualidade. Pela segunda vez analisaram um trabalho meu e ele foi aceito. Isso é fantástico! Imagino quantos talentos estão por aí, mulheres, Cis ou Trans, sem uma chance de mostrar o que sabem fazer só porque não lhes é dada a oportunidade.Podem esperar esmero e fidelidade histórica do SdG: Vikings. Mas não deixamos de lado aquele mestre ou jogador com veias mais fantásticas de lado.
Há um mini Bestiário sendo produzido. E temos lendas e criaturas fantásticas escandinavas a dar de pau. Ele é melhor que o primeiro, mas é melhor não falarmos isso kkkkk

Dan: Ah, foi divertidíssimo! Me dê mil projetos de vikings e eu vou fazer com o mesmo entusiasmo. A preocupação da Franz e do Aquiles não foi apenas de ser um livrinho de História — os jogadores e jogadoras vão se sentir em uma sociedade viking sem muito trabalho. Vão sentir a emoção de navegar em uma tempestade (e se desesperar enquanto o skeppare, ou navegador, do grupo tenta evitar que o drakkar se despedace), vão lutar em pele de urso, receber dons de Hel e Freya, entalhar suas runas, destruir navios inimigos, cercar fortes e defender muros e encarar paredes de escudo ainda mais autênticas que antes. Lado a lado de personagens históricos como Ragnar Lodbrok e Ivar, o Sem Ossos!

Guilda dos Mestres: Que venham muitos projetos como esse por aí!! Já se sabe que há um novo SdG em produção, né? Hehe

Dan: Então, o próximo Senhores da Guerra já está sendo escrito pelo Rodolfo Maximiano, autor do primeiro livro, e é sobre… A Idade do Bronze!

 

Para ler a introdução e o primeiro capítulo de Senhores da Guerra: Vikings, acesse aqui, para adquirir a pré-venda no site da Redbox, aqui.

As imagens desta entrevista foram retiradas do Instagram do Dan Ramos, ele também tem no Facebook!!

Até a próxima invasão!


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