Junte seu bando! Trilhem seus passos através de Aço & Sangue!

Bom, meu nome é Pablo Parzanini, talvez alguns me conheçam de cantos rpgisticos aleatórios, eu to sempre dando pitacos de regras, ambientações e coisas similares que competem ao nosso meio, também ajudei o Marcelo Paschoalin com o Aventuras Foices & Feitiços (incluindo revisando-o), e o Luiz Cláudio do Thordezilhas, ah e o goro do Old Dragon é sugestão minha também…. Porém não vim aqui para isso, venho aqui para algo mais importante, venho aqui apresentar a vocês mestres e jogadores sem tempo, com pouco saco para calhamaços de regras, ou cenários imensos cheios de detalhes, parte dos quais você nunca vai explorar ou usar tudo em sua mesa. Então é com base nesta premissa, que venho apresentar a vocês o meu jogo querido, Jornadas de Aço & Sangue.  

Como Começou?

    Bom como dito anteriormente, tava cansado de 100, 200… 300 páginas de regras, aí outro livro com monstros ou com um cenário igualmente longo, decidi que tava na hora de pegar meus vários hacks, house rules e também compilados de regras interessantes que fui aprendendo com o tempo. Ao longo de minha última campanha regular com meu grupo, que durou 2 anos, o jogo foi sendo aparado, coisas removidas ou refeitas até chegar em um ponto que não mudava mais, apenas recursos extras e revisões eram adicionados. 

Um documento zoado foi feito e compartilhado num grupo de Facebook, lá os olheiros profissionais do super conglomerado de editoras GdM viram meu brio e disseram precisamos lançar um capa dura metalizada com papel couche 300g e arte profissional e colorida dessa mina de dinheiro, custando a bagatela de 190 merréis… Zuera! A rapazeada da amável GdM viu e se interessou me contactaram, eu disse sim (piscadinhas de olho) e aí recebi críticas do Gomes e do famoso Pep, para deixar o jogo melhor sem pesar demais, me apresentaram ao talentoso Castilho que transformou cada cena descrita por mim em imagens vividas, emocionantes e no melhor estilo old school. Meu fiel amigo Miguelitos batizou o jogo, com toda sua sapiencia Pulp. Estava lançada a empreitada!

É D&D?

    Sim e não, o jogo se iniciou como uma versão reducionista de um retrojogo que usa dados estranhos, famoso na OSR, mas como eu não gostava das 100 páginas de magias contidas em tal jogo, e as tabelas se tornavam por vezes excessivas eu resolvi simplificar, e claro deixar os dados estranhos, de difícil acesso no Brasil, de lado. Além disso, eu também gosto de algumas ideias vindas de um rpg de bárbaros simples que nunca é lançado no Brasil, como as famigeradas carreiras, sua magia descritiva, a dificuldade fixa de 9 para todas as tarefas e o clima sword & sorcery não tão weird como o do primeiro jogo citado. E ai tem as coisas do Black Hack, esse dá para citar o nome de boa, Dado de Uso principalmente. Até aí OK, mas em bom mineirês “Uai, mas e parte do D&D?”, bom adotei proficiência da 5ed, vantagem e desvantagem, armas com propriedades especiais (parte delas buscadas numa amaldiçoada 4a edição), margem de crítico por arma, tendência (mentira kkkkkkk), tabelas de reação baseada no b/x (acredite sem tendência), as raças e  classes básicas (exceto o clérigo, porque esse trem de religião tá um pouco fora de controle no Brasil e eu não quis que o conteúdo fosse barrado…) e por aí vai.

Mais um Sword & Sorcery?

    Ehr, não gosto de ser repetitivo, mas, sim e não. Tem a pegada sword e sorcery como base artística e descritiva, mas na real é um toolbox, e isso foi feito porque como eu enjoo fácil das coisas precisava de modularidade, para evitar ter que ficar reinventando a roda. Para ser sincero eu não sabia se tinha alcançado isso, mas quando os revisores leram e falaram “nossa, essa regra sua eu vou roubar para uma mesa minha da campanha que tá rolando de barrowmaze”, ou “da pra usar isso em qualquer mesa de Black Hack” e aí a cereja do bolo, Castilho, nosso grande ilustrador, chega e me diz “ou dá pra fazer o Geraldão (the witcher) aqui hein? E é bem fácil!”, olhei aquela mensagem e depois de confirmar que dava pra fazer, pensei comigo “porr@ consegui!”. Essa modularidade, se estende por todo o jogo, criação de personagem, cenário, monstros, magias, manobras de combate e tudo mais, sempre regado em tabelas, como um bom título OSR deve ser. 

O que vem no Livro?

    Bom, aqui vou fazer uma análise dos capítulos algumas intenções de design que tive neles e também um agradecimento aos colegas que tanto me apoiaram e me deram boas críticas e sugestões.

Introdução – Um monte de baboseira sobre inspiração, empreendedorismo, força de vontade e… e… Mentira, só um panorama geral do jogo e das ferramentas e qual a intenção por detrás delas.

Criação de Personagens – O de sempre, Atributos, Carreiras, Contatos, Raças, Classes e os Aprimoramentos (Ia ser talento mesmo mas o Gomes é cricri, vlw Gomes por ter me feito ter que escrever essa palavra imensa mais vezes). Ah! A parte dos PVs, DU-Estresse, Reação Social e  XP tá aqui também.

Equipamentos – Aqui rola uma ideia dos equipamentos mundanos com efeitos próprios, itens alquímicos/místicos consumíveis, o DU-Suprimentos, além de armas e armaduras e serviços diversos. Ah sim! A moeda usada é Peça de Ouro mesmo (um pouco de preguiça um pouco de classicismo). Aqui ainda temos regras de carga e ajuste de preço de acordo com o lugar de compra de certos itens (vilarejos, metrópoles e etc.)

Combate – Cara como eu gosto de combate e, me crucifiquem, mas uso grid e miniatura e gosto de tática, logo o combate é bem detalhado em manobras, opções, condições especiais, tabelas de crítico e etc. 

Manobras e Magias – Aqui chegamos em uma parte que gera trampo, como não existe lista de magias e manobras especiais (dá hadugui!), os jogadores iniciantes podem ter algumas dificuldades, mas como sou legal, tem tabelas instruindo como usar, bem como um texto de como tirar e usar inspirações pro seus jogos ficam supimpas.

Aventura e Jornada – Eu realmente gosto de combate, mas não dá pra ser uma sucessão de rounds de luta igual uma certa 4ed fez… Então é hora de ir lá e de volta outra vez, com regras de encontro, acampamento, viagem, hexcrawl e pointcrawl e os perigos de aventura tradicionais, fome, sede, fadiga, queda, armadilhas e etc…

O Mestre – Anos de sabedoria de jogo, já sabida pela maioria. Com destaque, há dicas para mestres e jogadores, e um texto explicando como usar e moldar o jogo deixando-o do seu gosto. Grande parte das dicas são escritas no mesmo tom desta resenha, porque eu prefiro uma abordagem de diálogo entre o leitor e eu. E por fim, sim eu me preocupo com o bem estar alheio, e jogar qualquer cenário que seja não significa abusar de traumas e sensibilidades alheias, logo também temos uma entrada sobre… Não seja babaca.

Toolbox de Cenário – Assim como no capítulo anterior, parte dos textos introdutórios, antes das tabelas, apresentadas aqui, são em tom de prosa, isso porque quero que o mestre veja que tem poder, e possa se sentir à vontade usando isso. Aqui você consegue gerar uma boa região em comunhão com seus servos, digo jogadores, de aventuras e gerando várias regiões você pode uni-las de modo a criar um cenário em maior escala. Sua região 

Bestiário – Por fim este capítulo, seguindo a tradição de magias e manobras, também não tem listas, mas você cria um monstro único e bizarro usando duas tabelas e escolhendo umas habilidades (e você vai agradecer por isso). Este capítulo, apesar de conciso, traz várias coisas especiais pra mim, o primeiro foi porque o Gomes e o Pep me pediram para reduzir o livro, ai tirei as listas daqui e graças a eles me forcei a criar este conjunto de mecânicas de geração de criaturas, e apesar de dar pra fazer goblins, ghouls, dragões e outros clássicos, não era isso que eu queria. E ainda mais agravante do que isso, foi a atuação do Castilho, que me ajudou a popular o livro com monstros diferentes e bizarros, assim muitas ilustrações reforçam plenamente a utilidade e intenção deste capítulo.

Finalmentes

Bom assim concluo a auto resenha do meu vindouro jogo, não é um calhamaço, mas vai te dar muito material, e caso não goste das regras ou de algumas abordagens vocẽ pode ignorá-las ou roubar o que gostou pro seu jogo! Além disso, agradeço imensamente ao Castilho, Gomes, Pep e a GDM de forma geral, pelo apoio, paciência e dedicação. Obrigado a todos,    


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