Confira 5 dicas para não desperdiçar as batalhas contra chefões.

 

Este texto foi divulgado no grupo do The Black Hack BR no whatsApp

Textos bons não podem se perder num chat movimentado.

Agradecemos ao ~Junioraglu e seus colegas por autorizarem nossa edição!

 

Após algumas aventuras, já com personagens mais fortes e com capacidade de enfrentar um monstro mais poderoso, você decide criar um encontro final contra o responsável por todos os problemas que surgiram até aqui.

Este é o objetivo de muitos grupos, mas e se ao enfrentar este encontro desafiador e memorável… o Boss morre em poucos turnos e seus jogadores ficam olhando com aquela cara de: “Sério que era esse o Boss ultra-mega-super-poderoso que a gente ia enfrentar?”

Alguns grupos levam isso de boa, no bom e velho caos da escola véia, mas na maioria dos casos teremos piadinhas, destruição do clima e todo aquele momento único que você o mestre preparou escorre pelo vão de seus dedos, que estarão tremendo de raiva e frustração.

Todos já estivemos nessa posição. Não existe um mestre que não tenha passado por isso e se ainda não passou com certeza irá passar. Então, como escapar desta armadilha? Vamos apresentar uma pequena lista de dicas para um encontro de Boss

Primeira Regra – Conheça seu Boss.

Monstros icônicos, que todos amamos e queremos usar ou enfrentar como jogadores, possuem poderes e mecânicas próprias, ações de covil que podem ser usadas, ou até mesmo adaptadas de outros monstros, para deixar a mecânica do encontro mais complexa e mais desafiadora.

Seu Boss não será um dragão suicida que estará no solo por toda a luta, recebendo golpes atrás de golpes de todos os atacantes de corpo a corpo do grupo. Eles estará voando por grande parte do encontro, procurando derrubar os membros mais frágeis, soltando inúmeras baforadas até que grande parte do grupo esteja incapacitada, ou até que os jogadores consigam obrigá-lo a pousar por algum motivo.

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Na dúvida… baforada!!!!!

Segunda Regra – Seu Boss é inteligente.

Muitas lutas de Boss acabam por se tornarem comuns e ordinárias, pois o mestre o usa como um monstro comum e sem táticas e defesas preparadas e pensadas.

Se você for interpretar um Boss, comece a pensar como tal, você quer ficar vivo, quer criar todas as situações possíveis para que ninguém consiga te pegar de surpresa, principalmente aquele bárbaro em fúria com um machado de batalha e que vai te destroçar se você ficar em seu alcance.

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Inteligencia e sagacidade deixam o BOSS mais perigoso ainda.

Terceira Regra – Use o Covil de forma apropriada

Você, como um Boss Épico que é, não vai estar em uma sala quadrada, com piso de pedra todo polido e arrumado, para que os aventureiros consigam te alcançar em linha reta. Você vai estar em uma sala com patamares, com diversas armadilhas, a maioria delas para desabilitar os jogadores, com lacaios espalhados por toda a área para dificultar que os jogadores lhe alcancem, enquanto os ataca de uma distância segura.

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Um BOSS que sabe jogar em casa é osso duro de roer!



Quarta Regra – Você tem Seguidores/Lacaios

Você não é um monstro tímido, com fobia social e que quer ficar isolado do mundo e de todos. Se você usar um encontro solo, pense bem em como fazer isso pois a situação é arriscada. Monstros normalmente usam súditos/lacaios para inúmeras tarefas, sejam elas fora de seu covil, ou protegendo/cuidando do mesmo. E eles estão dispostos a lhe defender e se sacrificar por você, pois, ou possuem uma adoração por você, ou um medo avassalador de serem mortos.

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Minions também podem impor respeito!

Quinta Regra – Crie uma saída

Muitos mestres não entendem que seu Boss, muitas vezes, não possui um senso de honra e ética que o leve a aceitar morrer por seus ideais ou seus planos. Muitas vezes viver para lutar amanhã é uma tática muito mais verossímil do que morrer quando não existe chance de êxito.

Outras vezes uma saída negociada pode ser benéfica para todos. Um Boss pode ter informações, dicas, conhecimentos, que podem auxiliar os jogadores, mas que não podem ser extraídos ou adquiridos de outra forma a não ser negociando para obtê-los.

Isso permite tempo para o monstro tentar concretizar seus planos, assim como de os jogadores terem mais opções de resolver vários mistérios. E se um Boss entrega um plot twist, ou até mesmo os planos e localizações de outros monstros que estão se preparando para agir? Os jogadores estarão dispostos a escutar? E se os planos entregues puderem salvar centenas/milhares de pessoas?

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Quem luta e foge, vive um dia a mais para lutar!

Lutas finais épicas ou memoráveis podem acabar gerando oportunidades para ganchos e roleplays diversos, principalmente se o mestre deixa claro para os jogadores que existem várias opções para definirem o final. Sim, os jogadores podem simplesmente resolver matar o Boss e acabar com esta ameaça, mas quais serão as consequências de terem escolhido ignorar os avisos do Boss? Uma cidade inteira sendo dizimada por um inimigo que eles não conheciam ou esperavam, é um preço aceitável? Lidar com as perdas do território e dos recursos, aliados, etc, de um reino que tinham prestigio e eram reconhecidos como heróis é um custo aceitável?

Para não prolongar muito vou deixar para escrever sobre isso num próximo artigo. As consequências das ações dos personagens/jogadores.

Boas Aventura!

 

~Junioraglu e seu grupo

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